NOVA YORK — Cerca de 650 corpos de vítimas da Covid-19 estão há meses dentro de caminhões frigoríficos no bairro do Brooklyn, em Nova York, aguardando por um enterro. A informação foi revelada pelo jornal The Wall Street Journal neste domingo.
Segundo o Gabinete do Médico Legista Chefe da cidade, uma espécie de IML, muitas das pessoas não foram enterradas porque os familiares não têm dinheiro para fazer o enterro ou porque os parentes não foram localizados pelas autoridades municipais.
O órgão informou que os corpos serão mantidos nos caminhões até o fim da pandemia e que a cidade está em busca de um destino para os restos mortais caso não vá nenhum familiar buscá-lo.
As autoridades montaram o necrotério com os veículos durante o primeiro pico da pandemia de coronavírus, entre o fim do mês de março e o início de abril, como forma de dar conta de todas as vítimas da doença — nessa época, Nova York, que foi o epicentro da pandemia, chegou a registrar mais de 800 mortos por dia.
A notícia surge em um momento que a cidade, assim como todo o país, vem enfrentando uma segunda onda da doença, com contágios aumentando diariamente.
Conforme dados da própria prefeitura de Nova York, há uma tendência de alta nos casos e nas hospitalizações nos último sete dias — 7.783 e 518, respectivamente — e uma leve queda nos óbitos — 54 em sete dias ante a média de 56. Desde o início da pandemia, em fevereiro, foram 278.956 contágios confirmados e 19.537 falecimentos.
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia em número absolutos, tendo registrado mais de 12 milhões contaminações por Covid-19 e 256 mil mortes.
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